sexta-feira, 20 de novembro de 2015

encontro de rua casual...comadres I



Claro que são as comadres!encontro de rua casual

Sempre com tanto para contar, ele são os filhos, e depois os netos, e eram os maridos que já se foram Deus os tenha em bom lugar, estão perdoados, pois nem sempre foram lá grande coisa. E os vizinhos, que têm o cão a ladrar pela noite fora, e as filhas que chegam a más horas e ela a vizinha... estende-me aquela roupa muito encardida a desavergonhada, no nosso tempo como era possível uma coisa destas, e então da política que não entendemos nada e ainda assim temos que lá ir pôr o dedo, ai nem sei que lhe diga, está tudo pela hora da morte, e é uma «desenvergonhice» pegada. Até o padre veja bem, anda na boca das más línguas, bem ele também andava a pedi-las sempre metido com esta e aquela é no que dá, ai vizinha mas eu faço de conta que não sei de nada, surda e muda, sim que eu não sou de coscuvilhice, sabe que lhe conto, tenho um bocadito de inveja, mas olhe que também não fui fresca, fiz
bem o meu papel, mas sei lá, agora parece-me que ainda havia de ser melhor...olhe tem visto o ti Jaquim? O diabo do velho na é que ainda me deita
os olhos...o raio do home...
natalia nuno

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